TODA CRIANÇA... É SINGULAR!!
- valeriaduartekids
- 15 de mar. de 2016
- 2 min de leitura

Estudos sobre o universo infantil apresentam características acerca do desenvolvimento biopsicossocial desta faixa etária. No entanto, Toda Criança possui especificidades, ou seja, é singular no seu desenvolvimento pessoal, e possui seu tempo próprio de maturidade biológica, psicológica e cognitiva. Altas habilidades e/ou superdotação é umas das especificidades observadas nesta faixa etária e pode ser definida como uma capacidade acima da media, alto grau de implicação com a tarefa e criatividade a partir de um marco social – escola, amigos e família. De acordo com RENZULLI, (1981) “As crianças superdotadas e com talento, são aquelas capazes de desenvolver um conjunto de aspectos e aplicá-los a qualquer área potencialmente valiosa da realização humana”.
No paradigma tradicional, altas habilidades são consideradas a partir do quociente intelectual, (Q.I), medido através de testes psicológicos, normalmente apresentando pontuação máxima. Diferente do paradigma atual que considera altas habilidades a partir do contexto social, no qual a criança destaca-se pela habilidade de excelência e uma determinada área do desenvolvimento.
É necessário destacar que altas habilidades é uma capacidade inata, podendo ser considerada como dom, no qual, o mesmo irá se destacar normalmente na segunda infância e em determinada área, diferente do talento que depende de condições de treino para se materializar e produzir efeitos. Lembrando que a mente humana não é uma dimensão unitária, mas um conjunto de capacidades denominadas de inteligências, necessárias para resolver ou elaborar produtos valiosos em um contexto cultural. De acordo com Gardner o ser humano possui diferentes inteligências: linguística, musical, lógico-matemática, corporal, espacial, cenestésica, interpessoal, intrapessoal, naturalista.
As características gerais apresentadas pelas crianças com altas habilidades podem ser: leitura precoce, vocabulário amplo, não aceitam verdades prontas e gostam dos questionamentos, gostam de trabalhar de forma independente, possuem boa concentração e atenção, os interesses são ecléticos, possuem energia interminável, gostam da companhia dos mais velhos, e em geral são bem motivados.
É importante que a família e a escola saibam como atuar de forma a valorizar o potencial dessas crianças. O papel da escola deve ser o de realizar uma avaliação das necessidades da criança, favorecendo o ajustamento pessoal e emocional da mesma, oportunizar a ampliação das experiências da criança em diversas áreas, explorando todas as suas inteligências, possibilitar a realização de seus projetos em área específica do conteúdo acadêmico, oportunizando também o atendimento a salas de recurso, aceleração ou enriquecimento curricular.
A família, de forma prioritária, precisa aceitar a criança como ela é, estimular suas habilidades, não perder a paciência diante da insaciável curiosidade, encorajar a resolver problemas, mas não esperar que se destaquem em tudo.
Luzimar Mazetto- Psicopedagoga
luzimarpsico@sercomtel.com,br
9171-6629
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